A importância do jogo, não temeu as portuguesas, capacitadas que teriam de jogar de uma forma concentrada e dar tudo por tudo para que o sonho se tornasse realizada. A Grécia, uma equipa mais física, muito agressiva na defesa jogava a cartada final, enão estaria á espera deste desfecho.
Portugal muito sereno, entrou muito bem no jogo, a importância de estar por cima, e inverter a tendência do 1º jogo, era fundamental, e assim aconteceu, no ataque procurava com paciência a sua referencia interior, Beatriz que chamava ajudas, e as rotações defensivas gregas não eram claras, e Portugal criava boas situações de lançar ao cesto, dominando o 1º período a 15-8.
Fiel a uma defesa zona, a equipa lusa continuava a baralhar a Grécia, a seleção de lançamentos não dava frutos, no 2º período e de parte a parte as percentagens baixam, muito relacionado com a rotação de jogadoras, as equipas revelam alguma ansiedade, e o intervalo chega com uma vantagem de 10 pontos 23-13 para Portugal, onde a Grécia marcando 13 pontos revelava dificuldades em atacar a zona lusa.
Sabia-se que o jogo estava muito longe do final, e a Grécia ia aumentar a pressão no segundo tempo, e essa matéria foi reforçada no balneário, continuar a jogar de forma serena, pois esta era a grande oportunidade de fazer história.
Na entrada para o 3º período Portugal faz o 1º cesto por Beatriz Jordão, e a Grécia com mudanças de estratégia em ataque, o máximo que consegue é marcar um triplo, Portugal com ataques longos, continuava a mandar no jogo e bem por cima, e criasse uma diferença substancial que chegou a ser de 25 pontos, (41-16).
A partir daí os árbitros tiraram folga, a Grécia muito agressiva, a bater em tudo o que mexia, reage e ganha novo folgo, criando alguns turn-overs á equipa portuguesa, o jogo estava longe de estar definido, e a paragem do jogo fez-se para serenar as nossas jogadoras. Retificar os timings certos para furar a zona press da Grécia, colocar as ante duas bases em campo, e sobretudo não ser um drama algum erro que se cometesse, pensar sim na tarefa seguinte, era importante ser agressivo com a bola e não jogar para as linhas. A Grécia no decorrer do ultimo período, o melhor que fez foi reduzir para 13 pontos, mas as jogadoras portuguesas continuaram a ter capacidade de gerir a posse de bola, ir para o lance livre e continuar a defender concentradas.
No final o prémio para todas que numa grande explosão de alegria invadiram o campo, para aplausos de muita gente da bancada, assim como os pais de algumas jogadoras que foram incansáveis no apoio á equipa em todo o Europeu.
A melhor jogadora e o grande destaque vai para a Equipa, que de uma forma humilde e ambiciosa mostrou que merecia a permanência na Divisão A, Divisão essa de grande qualidade, com todas as seleções envolvidas com condições de trabalho e de preparação anos luz acima da nossa realidade, por isso estar aqui implica responsabilidade, compromisso e sobretudo trabalho de todos os envolvidos no Basquetebol Nacional. ,
A equipa Portuguesa é a primeira a abandonar o Campus Hotel de Debrecen, partindo ás 23.20, para uma viagem de 3 horas de autocarro para Budapeste, onde viajará para Lisboa no voo TAP às 05.05, chegando a Lisboa por volta das 7,20 hora de Portugal.