Basquetebol é poesia em movimento
 
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Basquetebol é poesia em movimento

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altO Basquetebol não é só um jogo, é uma escola de vida. E o trabalho daqueles que dão importância e significado a esta frase deve ser realçado. Ontem teve a oportunidade de ficar a conhecer por dentro, o trabalho fantástico que o "Dinhela" vem desenvolvendo nos últimos anos, com os miúdos do Moinho da Juventude. Agora, chegou o momento da indispensável entrevista a quem se preocupa e dá provas, de facto, com o ensino de valores morais aos mais jovens.

Como começou a tua ligação com o basquetebol?
A ligação com o basquetebol começou com um encontro fortuito com uma bola de basquetebol de couro (desconhecia existia tal tipo de bola) abandonada numa rua na Damaia tinha 13 ou 14 anos, pode-se dizer que foi amor á primeira vista, primeiro causa cor e da textura depois porque saltava muito e finalmente por não furava. Pode-se dizer que foi o basquetebol que me descobriu e não o contrario. Para ajudar á ligação, nos finais dos anos 80 e inicio dos 90 ouvia muito atentamente aos os comentários do Professor João “show time” Coutinho e vibrava com as vitorias do Benfica e com jogos de NBA.
 
Porquê a escolha do basquetebol como actividade a praticar na Associação Cultural Moinho da Juventude?
A escolha foi essencialmente porque, um jovem queria ajudar outros jovens através do basquetebol.
 
Foi difícil conciliar o ensino do basquetebol com os objectivos de cariz social que almejavam?
No inicio foi muito complicado, bastante. Principalmente porque o responsável pelo grupo de nada percebia de basquetebol e muito menos de trabalhar com outros jovens, sendo ele um jovem também. O jogo ao ser estranho para todos também não facilitava nada. Todos eramos uns simples curiosos que pretendiam algo ao qual não desconhecia. Mas, o basquetebol tem algo de especial, é mais do que um jogo, é um meio, um facilitador, um conciliador, um unificador e um metodo que procura e tira o melhor de todos. Hoje podemos dizer que estamos num bom caminho e que ao poucos temos tido sucesso nos nossos objectivos, contudo estes objectivos para além de curto e médio prazo são acima de tudo de longo prazo.
 
O comportamento, a postura e o rigor dos jovens atletas da A.C. Moinho da Juventude durante os convívios de minibasket foi recebendo fortes elogios por parte de elementos de outros clubes (treinadores, pais, acompanhantes, etc.). Essas eram as vossas vitórias ou com o passar do tempo e consequente evolução passaram a ter objectivos mais direccionados para a vertente técnica e táctica do basquetebol?
Acima de tudo não fugimos dos princípios que sustentam o nosso projecto em que o basquetebol é um meio e um método para alcançar algo. Os elogios recebidos, apenas aumentaram e aumentam a responsabilidade do projecto. À medida que os anos vão passando existe a tentação para inverter o processo e objectivos de trabalho. A acção de direccionar as actividades para uma maior preocupação em termos técnico e táctico é uma consequência lógica da evolução do projecto a vários níveis é também por respeito ao jogo e aos demais intervenientes na modalidade, aliada a uma estratégia de auto e valorização do projecto e de todos aqueles que intervêm.
 
Enquanto responsável, quais as principais dificuldades que encontravas nas tuas tarefas diárias? E quais os momentos de maior regozijo?
O maior dificuldade é o trabalho com os pais ou encarregados de educação e a sustentabilidade do projecto.Os pais porque existe um desinteresse (voluntário e/ou forçado) no acompanhamento da vida dos seus educados, consequência lógica das mudanças sociais de vivência nas sociedades. A sustentabilidade do projecto é neste momento a maior preocupação, não estou a referir-me  exclusivamente à financeira, mas também humana. Porque também como referiu o San Payo em tempos, “Sem investimento não há desenvolvimento” e que “o elo humano é o factor mais importante em qualquer projecto”. A dificuldade para encontrar pessoas a nível interno e externo com disponibilidade para colaborar, aprender e  inovar é muito difícil, muitas estão limitadas pelas constantes requisições (familiar, profissional, académica e desportiva) ou pela realidade e responsabilidade do projecto. Os momentos de maior regozijo são todas as pequenas coisas que vamos alcançando com a ajuda de todos, mas que sabe muito e nos aumenta o ego ouvir de um jovem, hoje com 20 anos que os melhores momentos da vida dele foi quando estava nas actividades de Minibasket. É observar o sucessos daqueles que optaram em seguir um percurso pessoal, académico e/ou desportivo.
 
Quando, posteriormente, passaste para treinador de clubes como Queluz e Benfica, sentes que a base da tua formação como treinador te ajudava a lidar com algumas situações do quotidiano da equipa?
Ajudou. Primeiro porque deu-me “calo” e acima de tudo uma responsabilidade como formador. Contudo uma coisa é certa para os diferentes problemas um método de resolução idêntico, o respeito e a responsabilidade (individual e colectiva) de todos, mas com resultados variáveis. Quer no Queluz e Benfica, sempre tive uma grande ajuda por parte dos responsáveis e colegas, nunca estive sozinho. Posso dizer sou uma pessoa privilegiada nesta vida, tive a sorte de estar na hora certa, local certo com as pessoas certas. Penso que acima que tudo que muito mais recebi por parte do Queluz e do  Benfica do que ofereci.
 
Ainda continuas a acompanhar o projecto de basquetebol da Associação Cultural do Moinho da Juventude? Pensas que será possível aumentar os escalões de formação, ou esse não é um dos objectivos do projecto?
Acompanho, não com intensidade e emoção que desejaria. O aumento dos escalões de formação é exigência do própria do processo evolutivo do projecto e dos jovens. Contudo os constrangimento a nível do recursos humanos para por em marcha este objectivo têm sido extremamente complicados. Tentamos colmatar a falta de escalões com o encaminhamento para outros clubes de basquetebol ou outras modalidades, mas muitos são aqueles que ficam sem solução. Estamos a trabalhar nesse sentido mas não é um processo muito fácil.
 
Sentes que o basquetebol foi, e continua a ser, uma importante ajuda no crescimento dos jovens que integram, ou já integraram, este projecto?
Com certeza. As nossas vidas é bem diferente e isso é graças também ao basquetebol. No momento em que um jovem do Moinho da Juventude (ou outro jovem deste planeta) tocas numa bola, veste um equipamento, efectua um lançamento, as suas vidas jamais será igual. O basquetebol é um valor acrescentado nas vida de todos, proporciona capital humano, social e desportivo a todo/as. Como diria o meu irmão, “basquetebol é poesia em movimento” e quando a poesia nos toca tudo muda.

 

 

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