Uma autêntica lenda viva
 
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Uma autêntica lenda viva

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altO Planeta Basket tem o prazer de apresentar uma entrevista com o treinador com mais títulos na formação em Portugal, Mário Barros.

Uma autêntica lenda viva do nosso basquetebol e um dos mais velhos treinadores no activo, Mário Barros coordena actualmente o basquetebol masculino do Académico de Porto, e colabora ainda com o Planeta Basket, nomeadamente através de artigos técnicos, que são normalmente muito bem recebidos pelos leitores “planetários”. No ano passado, Mário Barros foi homenageado nos Campos MVP, onde foi convidado especial.


Como está decorrer o novo desafio enquanto coordenador do sector masculino do Académico?
Citando o poeta António Machado; “ Caminhante não há caminho, o caminho faz-se caminhando”. Esta metáfora expressa o desafio a que me propus ao aceitar o convite deste clube, centenário, eclético, rico de tradições e com relevantes serviços prestados à cidade do Porto e ao País. Este desafio teve um princípio, não há meta final mas a nossa ambição será quando o deixarmos, sentir que o caminho se fez…caminhando.

São vários os condicionalismos estruturais que vimos defrontando como reflexo natural da nossa sociedade nos tempos actuais que, de certa forma, nos limitam no quotidiano das nossas obrigações. Os clubes desportivos com estas características e, particularmente nas grandes cidades lutam em condições desiguais quanto aos apoios das autarquias no que diz respeito às instalações e, portanto, surge aqui a primeira contrariedade, ou seja, impossibilidade de treinar as horas necessárias ao desenvolvimento dos praticantes, em horários adequados e, em consequência, um aumento extraordinário dos encargos financeiros. Por outro lado, há cada vez maior dificuldade em dar às equipas o enquadramento humano indispensável, estamos a referir-nos aos chamados “seccionistas”, elementos fundamentais no acompanhamento das equipas e facilitadores das tarefas dos treinadores.
Mas, estamos optimistas e acreditamos poder ultrapassar essas dificuldades, contando para isso com a disponibilidade, profissionalismo e dedicação do actual corpo de treinadores. Estamos a dar passos seguros com vista ao futuro; estivemos já presentes nas fases finais distritais de iniciados e cadetes e a nossa equipa sénior está a fazer um campeonato meritório até ao momento, acima das nossas expectativas iniciais.

Como está organizada a formação no basquetebol masculino do Académico? Quantos atletas, treinadores e equipas trabalham actualmente no clube?
O organigrama da secção masculina assenta em três sectores: competição (seniores e sub-18), formação (cadetes A e B, iniciados A e B) e Mini-Basket (Sub.12, sub.10 e sub.8). Estamos trabalhar com cerca de 160 atletas. No sector masculino trabalham 11 treinadores e 5 estagiários.

Considera fundamental que um jogador passe pelos diversos escalões de formação ou parece-lhe melhor que o jogador seja colocado a jogar contra atletas mais velhos, de modo a enfrentar maiores desafios?
O desenvolvimento e evolução dos praticantes não é uniforme e depende de inúmeros factores, alguns dos quais alheios ao próprio treino desportivo. Para que esse desenvolvimento seja consequente e harmonioso é fundamental escolher um tipo de competição adequado às capacidades de momento, que coloque o atleta em constante esforço de superação. Se tem talento e demonstra qualidades físicas, técnicas, tácticas e psicológicas acima da média deve subir de escalão. Naturalmente que esta promoção e o seu enquadramento com jogadores mais velhos e experientes deve merecer especial atenção dos treinadores.

Como está a decorrer a sua experiência com os atletas mais novos do clube?
Como treinador, um grande momento de aprendizagem. Estou a trabalhar com jovens de 12 e 13 anos, na sua grande maioria a iniciar a prática do basquetebol. Estou a implementar o ensino dando muita ênfase à componente táctica, ou seja, a procurar encaminhar os meus pupilos para a descoberta das soluções, criando situações simples, discutindo e explicando as soluções de forma a tentar que eles sejam capazes de ler o jogo de forma inteligente. Tem sido surpreendente para mim verificar como eles conseguem a partir dos problemas que lhes vão surgindo, tomar as decisões correctas e encontrar formas de execução que não sendo tecnicamente muito perfeitas têm já alguma intencionalidade.

É muito raro ver treinadores com “nome” e muitos anos de trabalho feito, a assumir cargos na formação. Qual é a sua opinião sobre esta estratégia?
Na minha relação contratual com o clube nada me obrigava a treinar esses jovens. A intenção era criar uma nova equipa de Iniciados (1º ano) e de infantis e, em simultâneo, alargar o campo de recrutamento das futuras equipas jovens do clube. A minha única responsabilidade seria a coordenação técnica e a escolha do treinador. Mas, a empatia criada logo nos primeiros treinos quer com os pais, quer com os atletas quase que me “forçou” a continuar. Faço-o com tanto prazer que até já admito acabar a minha carreira da mesma forma que a comecei. Aliás, estou a ser coerente com aquilo que penso há longos anos acerca do futuro da modalidade. Não haverá evolução enquanto não melhorarmos a qualidade da nossa formação e os treinadores de formação terem o estatuto e o apoio que merecem.

Podem ler o resto de entrevista no site dos Campos MVP.

 

Comentários 

 
0 #3 Branco Sibu 12-03-2011 17:54
Parabéns ao Académico pela brilhante escolha, tomara muitos clubes terem um sabio como prof. Mario Barros...!''ele é como uma biblioteca falante'' que deus lhe conserve para que possa ajudar cada vez mais os jovens com a sua experiencia.
cumprimentos, Sibu.
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-1 #2 Peixoto 22-02-2011 10:10
"Treinador com mais Títulos na Formação"... depois queixem-se que os jovens que se iniciam como treinadores na formação só se preocupem em ganhar títulos e não em formar jogadores e homens... Alguém tem que dar o exemplo do que deve ser realmente valorizado! Força PlanetaBasket, vocês são capazes de bem melhor!!!
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+6 #1 Resende 21-02-2011 23:04
Grande treinador, grande pessoa, trabalho na EDV e destaco do Sr. Mario Barros a sua disponibilidade em qualquer lugar para partilhar os seus muitos conhecimentos da modalidade, sem duvida uma referencia do basquetebol portugues e um exemplo para os mais novos pela paixao que revela pela modalidade.Abraço Jorge Resende EDViana
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