Atingidas as meias-finais da Proliga, ouvimos as opiniões dos capitães das quatro equipas envolvidas. No duelo entre Terceira Basket e CD Póvoa, conversamos com dois atletas que se mostram confiantes na vitória.
O capitão dos açorianos, Dédalo Énes, tem 30 anos e uma longa carreira em equipas açorianas. No seu processo de formação, passou pelo Praiense, Núcleo Sportinguista da Terceira e Lusitânia. Já nos seniores, representou o Angra Basket, o Lusitânia, cumprindo a sua quinta época com a camisola do Terceira Basket.
Aos 31 anos, António Gomes é um capitão de uma equipa que aposta, sobretudo, na formação dos seus jogadores. Gomes é um bom exemplo disso, mantendo-se no clube poveiro desde o inicio da sua carreira.
Quais são as perspectivas da tua equipa para esta meia-final da Proliga? Acreditas que a tua equipa vai chegar à final?
AG: As perspectivas são alcançar o maior número de vitórias e seguir em frente nesta eliminatória. A esperança é sempre a última a morrer e nós vamos lutar para alcançar mais esse objectivo.
DE: As perspectivas são as melhores, ou seja, temos todas as possibilidades de alcançar a, por todos desejada, final da Proliga. Estamos num momento óptimo, confiantes, unidos e a jogar um basquetebol que proporciona momentos de bom espectáculo. Mas para sermos finalistas teremos que ultrapassar um adversário forte, jovem e muito talentoso, que tal como nós eliminou um concorrente que terminou a fase regular no top 3.
Considero, e não é de agora, que será um embate entre duas das quatro melhores equipas da nossa liga. Acredito que um dos finalistas será o Terceira Basket Clube.
Quais consideras ser os pontos fortes da tua equipa?
AG: O colectivo, sem dúvida, lutamos todos pelo mesmo objectivo.
DE: Somos uma equipa jovem, irreverente, atlética e talentosa, onde o nosso treinador tem a possibilidade de utilizar 10 jogadores se entender, de acordo com a sua estratégia e o adversário em causa. Temos um jogo exterior temível, o jogo interior consistente, transições rápidas e somos muito fortes a defender e na luta das tabelas. O grupo de Portugueses está entrosado e motivado para crescer e brilhar e os nosso estrangeiros acrescentam qualidade acima da média.
E quais os pontos fortes do teu adversário nesta meia-final?
AG: Eles têm um bom lançamento exterior, acrescentado com um jogo interior forte.
DE: Jogam juntos há algum tempo, defendem bem, são inteligentes e rápidos em transição, e têm, tal como nós, profundidade no banco. São um plantel com características e qualidades muito semelhantes ao nosso. Individualmente tem um jogador que aprecio bastante, o base Nuno Oliveira, que acrescenta muita qualidade e cérebro ao jogo.
Quem é para ti o melhor jogador desta edição da Proliga?
AG: Há muitos bons jogadores nesta Proliga, mesmo nas equipas que não chegaram aos playoff. É injusto nomear um, porque são vários os candidatos.
DE: O melhor jogador, em minha opinião, é o Nate Bowie. O melhor base na nossa liga, um jogador inteligente e muito difícil de parar. Ainda bem que o temos connosco... Mas uma palavra para dois outros jogadores, o Pedro Silva, consistência pura, e o Durrell Nevels, um trabalhador e um atleta fantástico.
E que equipa pensas que poderá ganhar a competição?
AG: Penso que nesta fase todas elas têm hipóteses de alcançar tal feito. Se chegaram cá, foi com muito mérito e esforço.
DE: Eu sinceramente acho que passando esta meia-final teremos todas as hipóteses de nos sagramos campeões. Somos capazes, tal como mostramos durante a época regular, de ganhar a qualquer equipa, e em qualquer pavilhão, por isso queremos fazer história neste jovem clube e elevar ainda mais alto o nome da nossa ilha e dos Açores.