Fazer parte da história
 
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Fazer parte da história

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Paco TorresEm Espanha há um enorme trabalho de detecção de praticantes antes da 1ª concentração para os jovens mais talentosos dos Sub-12 que se realiza todos os anos em Collell.

Paco Torres, jornalista e director da revista espanhola Gigantes é um dos grandes defensores desta iniciativa da Federação Espanhola de Basquetebol. Venha conhecer este apaixonado do basquetebol e saiba o que pensa sobre Collell.


Paco como nasceu a tua intensa ligação ao basquetebol?
Em jovem era praticante de salto em altura e como saltava bem fui convidado, no colégio que frequentava, a jogar basquetebol. Desde aí nunca mais fui capaz de me desligar da modalidade. O meu gosto pelo basquetebol levou-me a treinar jovens desde muito cedo. Depois disso treinei durante vários anos inclusivamente equipas seniores correspondentes ao que é hoje a LEB. Como também era jornalista em 1985 fui convidado para trabalhar na revista Gigantes onde trabalho desde o seu primeiro número. Conciliar a vida de jornalista de basquetebol com os fins-de-semana muito ocupados com a de treinador era muito difícil razão pela qual deixei de ser treinador. Em 1987passei a director da Gigantes cargo que desempenho actualmente.

Qual é para ti a importância de Collell?
Em Collell começam muitas coisas, que perduram no tempo e vão muito para além duma simples concentração de jovens jogadores. Só para dar dois exemplos a Espanha foi recentemente campeã da Europa de Sub-20 em masculinos e femininos. Nessas selecções estavam 8 rapazes e 9 raparigas que passaram e se conheceram aqui em Collell. O mais importante que acontece em Collell são os laços que se criam entre os jovens, que tem o privilégio de passar por esta experiência. Estes jovens vão durante toda o seu desenvolvimento na formação como atletas e pessoas encontrar-se e defrontarem-se muitas ocasiões até chegarem a seniores, mas porque já jogaram e conviveram juntos sabem que não são inimigos, são adversários e que provavelmente até poderão jogar juntos nas selecções nacionais. Para mim o mais importante de Collell é a convivência e o  contributo que este evento representa para o seu crescimento como pessoas.

É claramente perceptível que tens muito prazer em estar aqui em Collell, o que te faz sair do conforto do teu lar, com prejuízo das tuas férias, dormir nas condições idênticas às crianças para estares aqui há seis épocas consecutivamente?
A primeira vez que vim a Collell foi como jornalista a convite de Josep Bordas que foi o grande incentivador e responsável pelo programa de detecção de talentos em Espanha durante 20 anos. Depois de ter tido a experiência transmiti ao Josep Bordas que gostaria de voltar a Collell não como jornalista mas como treinador. Desde então não tenho falhado a nenhuma concentração, quanto às condições é importante darmos o exemplo a estes jovens.

Na tua opinião qual é a mensagem fundamental que deve ser passada ao jovens em Collell?
A mensagem mais importante que gostamos que seja passada aos jovens que vem a Collell é a seguinte: “Nós sabemos que jogas bem, foi por isso que foste escolhido para estares aqui. Em Collell queremos conhecer-te como pessoa, queremos saber qual é a tua capacidade de trabalhares em equipa, queremos saber se és capaz de respeitar os outros e ser companheiro fora e dentro do campo.”

Para além dos treinadores que coordenam o trabalho, Collell é uma experiência para 24 treinadores vindos de todos os lados de Espanha, que importância tem este facto?
Collell é uma experiência extremamente enriquecedora para todos os treinadores que por aqui passam. Não é por acaso que normalmente todos querem voltar. Para além da troca de experiências que esta concentração permite, Collell também é um excelente momento para a FEB transmitir a um grupo de treinadores um conjunto de ideias nas quais acreditam firmemente.

Qual é para ti a importância que o minibásquete tem no desenvolvimento do basquetebol espanhol?
Para além de o minibásquete ser em Espanha, fruto do seu elevado número de praticantes, a grande base de possibilidade de recrutamento de potenciais talentos entre muitos milhares de jovens é também um espaço privilegiado de socialização das crianças. Nesta perspectiva é extremamente importante que estas comecem a aprender a jogar em equipa e que compreendam que este é um jogo colectivo. Deste modo logo que as crianças dominem os fundamentos em campo é importante que as crianças comecem a perceber, que o jogo “não sou eu a bola e o cesto”.

Mudando de assunto como vai a Gigantes?
Para além da minha família, as duas coisas mais importantes da minha vida são o meu trabalho e a minha paixão pelo basquetebol. Eu sou verdadeiramente uma pessoa muito feliz e afortunada pois a Gigantes possibilita-me unir as duas coisas o que me permite um enorme prazer na vida. Assim como eu me divirto no meu trabalho também espero que estes jovens gostem muito de jogar, pois se gostarem de jogar divertem-se e para eles, como diz o Presidente da FEB José Luis Saez “sem diversão não há basquetebol.”

Em termos de basquetebol que gostarias que te perguntassem e que resposta darias?
A pergunta que gostaria que me fizessem seria: O que esperas de Collell daqui a dez anos? Trabalhar em Collell é fazer parte a história do basquetebol espanhol. Em Collell foram detectadas e nasceram estrelas como Rudy Fernandez, Juan Carlos Navarro, Marc Gasol, Alba Torrens, Marta Fernandez e Silvia Dominguez entre muitas outras. Ter a possibilidade de dizer eu trabalhei e contribui para o sucesso destas estrelas, para mim que sou um apaixonado desta modalidade, é um privilégio hoje e daqui a dez anos.

 

Comentários 

 
+9 #1 João Ribeiro 03-08-2011 09:26
Esta entrevista não podia vir mais a calhar!
Quase que me apetece dar-lhe um toque de magia e transformá-la num vírus que facilmente se propague e entre na nossa circulação. Pode ser que acordemos finalmente para aquilo que é necessário pensar. Não acham que todos nós envolvidos na modalidade sentimos a mesma paixão de Paco Torres?
O que pensam todos vocês, amantes e agentes da modalidade relativamente à mentalidade de Paco Torres. Mãos à Obra Dirigentes pois com poucos recursos financeiros e muitos colchões poder-se-á construir muita coisa com o Minibasquete. Boas Férias a todos. E parabéns San Payo e Sérgio, mais um pequeno grande passo.
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