Quem não vai a Collell?
 
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Quem não vai a Collell?

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San Payo AraújoEste é o meu último artigo sobre Collell. Após este artigo ainda falarei resumidamente no que se passa em Espanha antes de Collell e terminarei como segue este processo depois de Collell.

Como referi no meu último artigo Collell une o basquetebol espanhol. Se pensarmos bem, envolver 30 treinadores de diversas federações autonómicas, 15 para o masculino e 15 para o feminino para escolherem, não quem é melhor no momento, mas quem no futuro será melhor é um trabalho coletivo e de equipa que eu muito apreciei.

A aferição do trabalho realizado pelo grupo de treinadores que esteve em Collell em 2011 não é imediata. Essa avaliação vai acontecer quatro anos mais tarde, quando a geração nascida em 1999 que passou por Collell em 2011, se apresentar no Campeonato da Europa de Sub-16 em 2015. Aí sim poderemos ver quantos dos jovens detetados em Collell em 2011 estarão na seleção espanhola. Aí decorrerá o primeiro grande teste ao trabalho realizado quatro anos antes. Quanto maior for o número de praticantes detetados em Collell, presente na seleção de Sub-16 em 2015, maior terá sido a eficácia deste processo. A título de exemplo, e como já referi em artigos anteriores, o ano passado e tendo como referência as seleções espanholas campeãs da europa de Sub-20 masculina e feminina, 8 elementos nos masculinos e 9 elementos nos femininos, de cada uma das seleções tinham sido detetados em Collell em 2003.

Uma curiosidade bem demonstrativa da preocupação do trabalho a longo prazo existente na Federação Espanhola é percebermos, quem é que não está em Collell. Quem não está em Collell na deteção dos jovens, são os treinadores que vão pegar nas seleções espanholas de Sub-13 resultantes deste processo de escolha. Na federação, sabem que é sempre muito difícil a um treinador dissociar-se de apresentar resultados imediatos, pelo que no seu íntimo terá sempre a tendência a escolher aqueles jovens que dão mais garantias de sucesso imediato, mas não é isso o que a federação quer e com tal os treinadores que vão pegar nas seleções de Sub-13, nunca estão no ano anterior em Collell. O seu trabalho é desenvolver os jogadores, que um conjunto de treinadores perspetivou terem mais futuro. Assim se trabalha em equipa e com um rumo bem definido.

Na minha intervenção sobre Collell realizada, a convite do Clube Basket de Queluz e da Associação de Basquetebol de Lisboa em colaboração com a Escola Nacional de Basquetebol perguntei se faria algum sentido fazer um processo semelhante em Portugal? A resposta do companheiro Miguel Pereira, Presidente da ANTB veio pronta, e com a qual concordei plenamente. Neste momento em Portugal só faz sentido organizar um processo semelhante a Collell com o escalão de Sub-14. Há um momento ótimo para detetar jovens com algum valor, as Festas do Basquetebol Juvenil, e à semelhança do que se passa em Espanha poderíamos envolver um conjunto alargado de treinadores para detetar 72 jovens, 36 rapazes e 36 raparigas para depois se organizar uma concentração com os mesmos princípios de Collell.

A resposta, que só faz sentido aos Sub-14, insere-se no meu grande cavalo de batalha sobre a necessidade de uma vez por todas alargarmos a base de captação de praticantes, nomeadamente nos Sub-12. Os Sub-12 , depois de um claro crescimento nos primeiros 5 anos da última década estabilizou. No entanto há dois fatores que devem preocupar todo o universo do basquetebol. O primeiro é que só momentaneamente o escalão de Sub-12, conseguiu ter mais praticantes que o escalão de Sub-14 , quer nos femininos, quer nos masculinos e o segundo é que depois de um grande crescimento até 2007 começou a sentir uma regressão no escalão de Sub-12,  conforme indicação dos quadros em anexo. Bem sei que este ano ainda há inscrições por confirmar, mas uma vez mais me parece que, apesar do bom desempenho de algumas Associações. como por exemplo Leiria e Porto o número de praticantes irá novamente no fim da época ser menor, que na época anterior

Evolução dos femininos

Época

Sub-12

Sub-14

Su-16

2007 / 08

1509

1707

1361

2008 / 09

1392

1659

1437

2009 / 10

1356

1614

1445

2010 / 11

1520

1460

1456

2011 / 12

1252

1494

1347

Evolução dos masculinos

Época

Sub-12

Sub-14

Su-16

2007 / 08

2693

2591

2199

2008 / 09

2391

2764

2182

2009 / 10

2322

2669

2190

2010 / 11

2412

2649

2409

2011 / 12

2036

2421

2457

Sei que o sonho do Prof. Mário Lemos expresso numa entrevista ao jornal a Bola em 1972 de termos 40 mil praticantes de minis é uma etapa difícil de alcançar, mas sei que devemos encontrar soluções para termos pelo menos 3.000 praticantes nos Sub – 12 masculinos e 3.000 praticantes nos Sub-12 nos femininos.

Pela curiosidade da proximidade dos números propostos por Mário Lemos e por Josep Bordas quase quarenta anos depois, não posso deixar de terminar este conjunto de textos com as palavras de Josep Bordas. No final da nossa conversa em Collell, perguntou-me quantas crianças havia em Portugal entre os 6 e os 12 anos. Eu respondi-lhe que havia em 2000, que eram os últimos dados que eu tinha, cerca de 900.000 crianças ao que ele me respondeu. Que enquanto não conseguíssemos que cerca de  5% dessa população praticasse minibásquete nos deixássemos de sonhar com grandes resultados internacionais.

 


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