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Nuno TavaresNum mundo onde a partilha de informação cada vez é mais rápida e acessível a todos, o uso das novas tecnologias é um instrumento imprescindível a usar na nossa modalidade.

Estando a viver nos Estados Unidos, foi com grande alegria e entusiasmo que li no site da federação portuguesa de basquetebol o início das transmissões dos jogos da liga de basquetebol via internet. Desde já gostaria de deixar os meus agradecimentos e parabéns pela concretização de um passo que, a meu ver, abre uma porta para uma série de oportunidades na nossa modalidade.

No entanto, tal como muita coisa no nosso basquetebol, penso que estamos mais uma vez a construir o telhado sem olhar para as fundações. Se acho que é importante este passo? Sim, acho importante. Se considero que existem dentro do mundo da internet outros passos mais importantes a dar na nossa modalidade? Sem dúvida.

Mas tudo começa com a visão que temos das coisas. Pessoalmente sempre achei interessante o conceito de começar a construir a casa de baixo para cima e não de cima para baixo, com isto quero dizer que defendo que a visão, o projecto, os mecanismos e as decisões devem ter uma grande aposta na formação, no seu desenvolvimento e subir para o próximo degrau, mas nunca antes do anterior estar bem consolidado.

Uma das coisas que mais aprecio no basquetebol de formação nos Estados Unidos (quer de liceu, quer universitário) é o facto de todas as escolas e universidades possuírem um site/blog próprio onde a informação é acessível a todos, actualizada, clara e objectiva. Com isto permite-me, como treinador, puder a qualquer momento informar-me sobre a equipa com que irei jogar, ver a estatística dos seus jogos, “estudar” os seus jogadores e puder ver o seu calendário de modo a perceber o seu trajecto.

Mas não só de escolas e universidades estou falando, também os sites/blogs de instituições que gerem o basquetebol (Ncaa, Naia, Njcaa, Tapps, etc.), sites esses que permitem que possa ter acesso a uma série de informações úteis e imprescindíveis para o meu desempenho como treinador.

Existe sempre alguém que possa pensar “Mas nos Estados Unidos existe outra estrutura, existe dinheiro, meios humanos, etc.”, felizmente em relação a este assunto não é preciso dinheiro, apenas tempo e alguma dedicação.

Hoje em dia é gratuito a criação de um blog e até a construção de um site, no qual, para mim, deveria ser um requisito “obrigatório” para qualquer clube de basquetebol em Portugal, aliás, a meu ver, até para não criar confusão e ser bem mais acessível tanto a nível financeiro como de apoio ao mesmo, haver um site padrão para todos os clubes. A Federação de Basquetebol poderia criar uma parceria com uma plataforma de modo a que esse custo fosse nenhum ou muito pouco, onde todos os clubes teriam acesso a apoio (telefónico ou online) para a construção do mesmo, sendo cada site diferente em termos de cores e logos.

O problema para mim é que o exemplo tem de vir de cima e se não vem como podem os clubes ter referências e dar certos passos?

A 6 de Novembro de 2011, quando morei em Madrid, onde acompanhei os trabalhos da associação de treinadores de basquetebol de Espanha, escrevi neste mesmo site um artigo sobre o mesmo assunto onde às páginas tantas referi:

“Das 21 associações que fazem parte da Federação Portuguesa de Basquetebol apenas 5 associações tem site/blog actualizado (Braga, Coimbra, Faial, Terceira, Lisboa e Porto), o que deixa as restantes 16 associações sem site/blog ou com sites/blogs que não funcionam ou estão completamente desactualizados. Caso este panorama fosse diferente, poderia dar à modalidade outro tipo de visibilidade, atraindo colaboradores, patrocínios e fazendo com que qualquer pessoa em Portugal pudesse estar informada sobre qualquer associação, clube, atleta ou alguma noticia que fosse importante de uma qualquer associação.

O argumento financeiro é também um que não pode ser usado neste contexto, pois a existência de blogs de acesso gratuito seriam uma excelente alternativa, como temos o exemplo da associação de Lisboa.”

Se quem gere a nossa modalidade não dá o primeiro passo, não incentiva, não trabalha para a melhoria verdadeira da modalidade em todos os aspectos, como podem os clubes ter uma referência de qualidade para se puderem guiar?

Mas a culpa a meu ver não é só das associações, aliás, a culpa vem do órgão que gere o nosso basquetebol, que mais uma vez, faz “navegação à vista”, parecendo não existir um projecto real, de fundo e a longo prazo para o caminho da nossa modalidade.

Mais uma vez digo, parabéns pelo passo que foi dado com a parceria com a Livestream em relação à transmissão dos jogos online mas no panorama global do basquetebol e nas muitas debilidades que este apresenta, penso que estamos mais uma vez a olhar para cima sem nos atrever olhar para o lado e especialmente para baixo.

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