Relembrar que ano passado o Planeta Basket, através da iniciativa “Cem anos cem nomes”, ajudou a celebrar os cem anos de basquetebol no nosso país, e que este ano podemos e devemos comemorar os 50 anos de minibásquete em Portugal é uma boa forma de começarmos o ano.

Uma comemoração, não deve ser apenas uma recordação, deve acima de tudo ser um momento de reflexão e de consciencialização na procura do une pessoas que gostam do basquetebol e dos caminhos que este deve trilhar.

O termo “minibasquetebol” surge pela primeira vez em território nacional na Cidade da Beira em Moçambique pela mão do saudoso Cremildo Pereira, quando em 1964 adaptou e publicou as primeiras Regras do Minibásquete em duas brochuras da Associação de Basquetebol de Manica e Sofala.

Nunca é demais recordar a importância no desenvolvimento do basquetebol nacional levada a cabo por muitos praticantes e adeptos da modalidade, que regressaram depois de Abril de 1974 de Moçambique. A sua acção, passados quase quarenta anos, ainda tem enorme influência na expansão territorial da modalidade.

O artigo do João Ribeiro “Basquetebol e Moçambique”, revela no dizer do Rui Costa, alguém que viveu de bem perto o movimento do minibásquete moçambicano, uma enorme sensibilidade sobre essa realidade, nomeadamente para quem, como o João Ribeiro, nunca esteve em Moçambique.

Apesar de, também nunca ter estado em Moçambique, como percorro o país de lés a lés posso testemunhar, que nos recantos mais recônditos do país se há minibásquete nesses lugares, normalmente esse facto deve-se a alguém de vivenciou o basquetebol em Moçambique.

Sem recorrer a nenhum arquivo ou apontamentos vou mencionar duas de muitas referências que poderia evocar, uma mais a norte e outra mais ao sul. Quantas pessoas sabem porque é que Vila da Ponte no concelho de Sernancelhe teve minibásquete? Quem é um dos grandes entusiastas do CAB de Grândola?

As repostas não vem certamente nos jornais desportivos, mas tem origem no minibásquete de Moçambique. Houve minibásquete em Vila da Ponte por que o José Neto quis proporcionar o seu filho João Neto, tanto quanto sei actualmente um bom treinador de basquete, a vivência desta modalidade. Um dos grandes entusiastas do CAB de Grândola é o amigo Timóteo Pfumo que, como não podia deixar de ser, jogou minibásquete em Moçambique.

Comemorar e recordar 50 anos de minibásquete em Portugal é, como dissemos, uma boa forma de começarmos o ano e em meu nome e se me for permitido em nome do minibásquete desejo a todos um bom ano.