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Tim BrentjesFormar treinadores de minibásquete é uma das grande apostas da Federação Alemã de Basquetebol. Conheça Tim Brentjes e saiba como está o basquetebol na Alemanha e o que o levou a desenvolver este programa.

Foi para mim um privilégio ter sido convidado, com o Mário Batista, para intervir no programa de formação de treinadores de minibásquete da federação alemã e poder entrevistar Tim Brentjes.


Tim, fala me um pouco de ti como começou a tua ligação ao basquetebol e há quanto temp estás na DBB (Federação de Basquetebol Alemã)?
Eu tenho 41 anos, sou casado e pai de uma filha. Comecei a jogar basquete aos 11 anos e tive a sorte de ter no liceu, um treinador de basquete de nível 3, como professor de educação física. Ele influenciou-me não apenas a entrar num clube, mas também logo aos 15 anos de idade a arbitrar jogos e ajudar nos treinos. Desde então passei a maior parte do meu tempo de lazer, sempre ligado ao basquetebol.

Nunca joguei nos níveis mais elevados, mas comecei a ser voluntário, como treinador e árbitro no clube e na minha escola aos 16 anos de idade. Quando o meu clube conseguiu a promoção à 2ª divisão, comecei a trabalhar, em regime liberal, em eventos para a empresa de marketing do clube. Organizei torneios de “streetbasket”, acampamentos e outros eventos. Durante esse período, entrei para a universidade para um curso de gestão de turismo.

Um dia, um amigo e ex-atleta do meu clube, que estava no “marketing” da DBB, porque necessitava de ajuda para um evento organizado pela federação, lembrou-se de mim. Isso foi em 1998. Colaborei então nalguns eventos de streetbasket e  tornei-me parte da equipe de marketing da DBB, ainda como trabalhador-estudante. Na equipa de marketing, estive como estagiário durante três meses, inicialmente como assistente de projectos e posteriormente com gestor de projectos, sempre em regime liberal, tudo isto ainda enquanto estudante universitário.

Após a conclusão do meu curso e obtenção meu diploma na universidade, comecei a trabalhar a tempo inteiro no marketing da federação, como gestor de projectos de “sponsorização” e na organização dos jogos em casa das nossas selecções nacionais. Isso foi em 2004. Em 2008, a federação, decidiu oferecer-me um emprego na sede da DBB, como gestor do basquetebol amador e desporto para todos. Eu aproveitei essa oportunidade porque o meu trabalho e formação tinha mais a ver com a organização, do que com as ciências do desporto. Em 2010 passei a exercer as funções que tenho actualmente: sou responsável pelo basquetebol juvenil e amador.

Quais são as tuas responsabilidades na DBB?
Concretamente sou responsável pelo minibásquete, pelo desporto escolar, pelo 3x3, pelas actividades lúdicas e eventos especiais, e pela a publicação de material didáctico relacionada com essas actividades. Além disso, desde 2012 sou também responsável por apoiar o desenvolvimento estrutural dos nossos clubes e das 16 federações regionais, com foco especial no desenvolvimento do voluntariado no basquetebol. Como palestrante, represento o programa para jovens da DBB, em reuniões com as federações regionais, a Federação Alemã do Desporto Olímpico na sua vertente juvenil e nas reuniões da FIBA, relacionadas com o basquetebol de formação.

Quando e porquê é que a DBB começou com este programa que intitularam de “Ofensive Minitrainer Program”(Programa de formação de treinadores de minibásquete?
A campanha de formação de treinadores de minibásquete começou em 2015, porque reconhecemos que há poucas oportunidades para treinadores obterem qualificação como verdadeiros treinadores de minibásquete. Os treinadores podiam ir aos clínics para o basquete de alto rendimento ou clinics para treinadores de formação, mas não havia clínics destinados à pedagogia e ao minibásquete. O programa foi lançado para aumentar o número e a qualidade e oportunidades de formação para treinadores de minibásquete.

A ideia é ter um curso intensivo com um número de 16 alunos por ano. Durante o curso intensivo, eles têm um campus on-line e 3 seminários onde eles trabalham juntos em temas que faltam na formação dos treinadores, como o desenvolvimento e psicologia das crianças, a abordagem lúdica no ensino, ou ideias e sugestões pedagógicas. Neste programa eles assumem o compromisso de dirigir seus próprios clínics para compartilharem esta forma de estar no minibásquete e os seus conhecimentos adquiridos durante o programa.

Quem são os candidatos a este programa de formação de treinadores de minibásquete e como é que são seleccionados?
Os candidatos a alunos deste programa são de origens diversificadas. Alguns são treinadores voluntários em clubes pequenos de áreas mais rurais, alguns são treinadores de minibasquete a tempo inteiro pertencendo aos clubes da divisão da 1ª e 2ª liga. Eles candidatam-se a este programa e seus clubes devem apoiar e justificar a sua candidatura. Nós tentamos encontrar uma mistura de diferentes origens que não se concentrem demais nos seus níveis de licença de treinadores, mas principalmente no seu perfil e experiência no trabalho com crianças.

Quem financia este programa?
O programa obtém seu orçamento do “Fundo de Formação do Basquetebol”. Este fundo é proveniente do financiamento dos clubes profissionais e destina-se a programas de desenvolvimento e formação de jovens. A DBB compromete-se a reinvestir cada Euro entregue, na formação. O que também fazemos no minibásquete, (por exemplo, com os custos das licenças do jogador do minibásquete), esta verba arrecadada é totalmente reinvestida no minibásquete.

Para além disso, tentamos aumentar o orçamento com o financiamento externo adicional, como por exemplo através do Fundo de Desenvolvimento da Juventude da FIBA ​​Europa ou, através de fundos dados pela Federação Alemã dos Desportos Olímpicos, nomeadamente para projectos de “coaching” inovadores.

Os alunos, apenas pagam suas despesas de viagem, quando durante o curso intensivo se reúnem para os seminários e clinics de quatro dias, que se realizam três vezes por ano em cada curso.

Estás contente com os resultados que este programa está a ter?
Estamos muito felizes com este programa. Encontramos novos “experts” e já realizamos clínics para o minibásquete para quase 1.000 treinadores nos últimos 2 anos, envolvendo também, como prelectores, os alunos formados por este programa. Estão a acontecer coisas boas para o desenvolvimento do minibasquete na Alemanha, como por exemplo o novo livro para treinadores publicado pela DBB, uma nova comunidade on-line nacional para minibásquete, ou simplesmente aumento da consciência do que é o minibásquete e da sua importância.

Em maio de 2017, tivemos 160 treinadores alemães, que se juntaram às sessões públicas da FIBA ​​Europe Minibasketball Convention em Frankfurt. A partir de 2017, vamos ter uma licença de treinador de minibasquete, com base neste programa e no nosso novo livro.

Qual foi a tua opinião e dos alunos do programa sobre a intervenção portuguesa neste último momento de reunião dos alunos?
É sempre útil ter pessoas com uma vasta experiência em minbásquete como palestrantes. Os alunos e os outros especialistas presentes nas acções aproveitaram as palestras e a experiência portuguesa no minibasquete. O que foi mais apreciado foi especialmente a parte prática e a filosofia transmitida, foram classificadas como de elevado valor pelos alunos.

Para finalizar fala-nos um pouco do momento que o basquetebol alemão está a viver?
O basquetebol alemão está em movimento. Temos uma selecção  nacional muito jovem com 4 jogadores na NBA e obtivemos um honroso 6º lugar no Eurobasket 2017. As meninas dos Sub-16 ganharam a prata no Campeonato Europeu Divisão A e as outras equipas jovens têm melhorado os seus resultados nos últimos dois anos. Os Sub-18 masculinos ganharam pela primeira o Torneio Albert Schweitzer 2016, enquanto a selecção B, masculina ganhou a Taça Stankovic e ficou em segundo lugar nos Jogos Mundiais Universitários.

A liga alemã está cada vez mais forte e cada vez mais envolvida em projectos de formação e no desenvolvimento de jovens jogadores alemães.

No programa da juventude, o foco é cada vez mais no minibásquete nas escolas primárias e mesmo nos tempos de educação física o recurso a bolas para as crianças do jardim-de-infância (Sub-6). Estamos também a trabalhar, com um grupo de especialistas no desenvolvimento de novas regras nacionais de minibasquete envolvendo os treinadores de minibásquete do nosso programa.

Uma das principais questões é equipar o maior número de pavilhões e ginásios com tabelas ajustáveis ​​para minibasquete, porque o actual número de espaços com cestos para minibásquete ainda é bastante reduzido. Além dessa campanha para dotar os campos com cestos para o minibásquete, lançamos um programa de captação para meninas Sub-14 para aumentar o número dos femininos na Alemanha. Esta campanha é apoiada pelo fundo da FIBA ​​Europe Youth Development Fund.

Com a realização do Eurobasket 2015 em Berlim, e o Torneio bianual Albert Schweitzer para Sub-18 e a realização do Eurobasket 2018  Sub-20 na cidade de Chemnitz, temos eventos importantes que aumentam a consciência do basquetebol na sociedade e os órgãos de comunicação social.

 

 


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