Depois de termos ouvido a semana passada três jogadoras esta semana publicamos a opinião de três jogadores. Miguel Correia, após recordar o ambiente saudável vivido na Festa do Minibásquete, mesmo com muita competitividade, afirmou:
"Foi das primeiras experiências que tive a competir pelo meu distrito contra outros. Apesar de sermos muito novos, a competitividade era grande. Era muito positivo, as equipas serem mistas (…). Gostei muito da experiência, apesar de ter ficado triste por perder na final. Foi aí que conheci várias pessoas contra quem competi muitos anos nos clubes."*
* Retirado do site da FPB, 02 Jun 2020
Miguel Correia
A aldeia onde o Nuno Sá começou a jogar tem cerca de 2000 habitantes. “Quando eu comecei a jogar basquetebol, a equipa era mista e ao contrário de muitos dos meus colegas de equipa eu já não tinha idade de minibásquete, já era Sub-14. Mas se não fosse assim jogarmos rapazes e raparigas de escalões diferentes não havia possibilidade de fazer uma equipa no Curral das Freiras. Nunca senti nenhum constrangimento por estar a jogar em equipas mistas, nestas idades não é importante, e o facto que mais saliento é o possibilitar uma maior socialização. Jogar com rapazes e raparigas permitiu-me fazer amizades, quer de rapazes quer de raparigas que ainda hoje são meus amigos."
Nuno Sá
"Comecei a jogar minibásquete aos 4 anos em Ponte de Lima. Nos meus primeiros anos no minibasquete joguei e treinei sempre em equipas mistas. Só depois do minibasquete é que a competição começou a ser separada. Nunca senti que isso fosse um entrave à minha evolução até porque frequentemente jogava com raparigas mais velhas. Eu tive a sorte de poder estar em 2 jamborees e até hoje guardo amigos desses dias, que foram sem dúvida fantásticos."
Miguel Cardoso
Reflexão
Múltiplos são os factores que influenciam a prestação das selecções nacionais, contudo não há dúvidas, que de uma forma geral a prestação das nossas selecções femininas de formação tem tido uma prestação superior às selecções masculinas. Depois de na semana passada termos ouvido as jogadoras e esta semana os jogadores, penso, que seria interessante saber, que impacto têm os jogos mistos no minibásquete na prestação das selecções nacionais de formação? A questão que eu deixo no ar é a seguinte: Até que ponto é que o facto, de as raparigas jogarem no minibásquete com os rapazes, beneficia ou não a prestação das selecções femininas. Este é um estudo que gostaria que fosse realizado em Portugal.