Juan Manuel “Piti” Hurtado: "Depois de 2008? Estamos no ponto mais alto do nosso basquetebol, e esperemos que a queda não seja dura, e que Rudy e Ricky nos mantenham ao mais alto nível possível."
Piti, treinador do Cáceres 2016 da LEB Ouro, e filho da terra. É um sonho?
Uma bonita realidade mas temos de reforçar, que não vale só para o início, para mim deve de ser uma permissa para uma boa temporada.
Penso que isto, só seria possível em Cáceres. Qual a tua opinião?
Que, em Cáceres também há invejas, e após última temporada, percebi que não é fundamental ser de onde sou, mas pelo que a minha equipa fez, que nos últimos 20 jogos, venceu 17, isso poderás fazer, como treinador da casa com 2 ou 3 jogadores importantes de referência da nossa região, da Estremadura, para além de poderes lançar novos valores vindos da nossa “cantera” que justificam essas oportunidades que serão a curto prazo um retorno extra que se dá às instituições que te apoiam e ao teu público.
Que esperas desta LEB Ouro? Favoritos?
Pelo potencial apresentado, Alicante e Breogan (n.r.Clube de João “Betinho” Gomes) são os mais fortes, logo seguidos do Valladolid, Melilla,Tenerife e Léon. Não há grandes diferenças com as equipas como na época passada, como o CAI (Saragoça) e o Bruesa. A Liga deste ano está mais equilibrada.
E Cáceres por onde andará?
Pois, vamos a ver, o que nos dizem as primeiras 6-7 jornadas. Temos de conhecer e respeitar todos na Liga, somos novos e no nosso campo teremos de ser fortes para chegarmos mais longe.
O que sugeres para que os leitores de Planeta Basket venham ver um jogo do Cáceres 2016?
É um dos campos da Liga Ouro com mais animação, com a presença de 3.000 adeptos por jogo. Uma equipa que tem uma vontade enorme de jogar bem para ganhar e divertir. Vale a pena a viagem só para ver o espectáculo que é um jogo em nossa casa.
Para vos receber, uma cidade mágica com o seu castelo medieval e depois de um espectacular jogo de basquetebol, muitos lugares fabulosos para jantar e de diversão. Há muito tempo que aqui na nossa região da Estremadura espanhola, olhamos de frente para Portugal e que os portugueses quando nos visitarem se sintam como estivessem em suas casas, pois o povo de Cáceres sabe receber muito bem os seus convidados.
A equipa é uma mescla de veterania e de juventude. Animado por uma boa época?
Muito. Harper Williams, o maior, veio com menos peso, com mais vontade, com mais força isso dá uma ideia, que aqui se está com muita vontade de fazer as coisas bem. Os capitães são de Cáceres, Lúcio Angulo jogou sempre com muita força, sempre no limite e assim espero que continue. Eles irão traçar o caminho.
Analisa um pouco as principais diferenças entre a LEB Prata e a LEB Ouro.
No aspecto físico é um grande salto, maior que da passagem da LEB Ouro para o ACB. Em termos tácticos, existem muitos treinadores com passado na ACB. Em termos estruturais na LEB Prata consegues ver equipas sem massa social, sem apoiantes, onde não existe nada que justifique a existência de uma equipa profissional de basquetebol.
Como te defines como treinador?
Estou ainda por definir, pois essa definição de treinador depende sempre da sua equipa e das suas percentagens de vitórias. O mercado define o jogador mas nunca define treinadores. A mim podem-me conhecer facilmente pelos meus vídeos.
Prata em Pequim, prata nos europeus em Madrid, Ouro na Grécia. Como vai ser o futuro?
Depois de 2008? Estamos no ponto mais alto do nosso basquetebol, e esperemos que a queda não seja dura, e que Rudy e Ricky nos mantenham ao mais alto nível possível.
