Carlos Dinis visita Planeta Basket
 
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altIrmão de Joaquim Dinis, campeão de futebol pelo Sporting Clube de Portugal por duas vezes, contrariou todos os desígnios familiares “futeboleiros” e abraçou o basquetebol. Carlos Dinis deixou de ser uma futura promessa como treinador de Basquetebol em Angola , é hoje uma certeza e alguém que irá ter sempre algo a dizer no contexto basquetebolístico angolano, à luz dos seus últimos feitos.
 

Como se iniciou no mundo da bola ao cesto?

Comecei a par de muitos outros praticantes com a influência de um amigo que jogava no futebol clube de Luanda e que se tinha sagrado campeão pela Taag (ASA), clube que hoje dirijo com muito gosto e afinco.

O que o levou a enveredar pela carreira de treinador?

Até certo ponto da minha carreira como praticante pude associar a carreira de jogador à de treinador, mas cheguei a um ponto em que tive que fazer uma opção onde o factor escola falou mais alto e então só me restava seguir pela carreira de treinador pois era na altura a única maneira de continuar ligado a modalidade.

Conte-nos um bocadinho o seu percurso como treinador!

Comecei a treinar em Angola mais precisamente no grupo desportivo da CuCa e no grupo desportivo da banca, onde percorri todos os escalões, vendo mais tarde o meu trabalho reconhecido com a inclusão de vários jogadores em selecções nacionais que ganharam títulos africanos, por exemplo o Valter Costa que detêm 2 títulos africanos, entre outros.

A seguir rumei para terras lusas onde passei pelo Leça Futebol Clube, Basquete de Barcelos onde fui finalista vencido da taça de Portugal em Juniores “A” rumando a seguir para Monção onde fui campeão da taça em sub 22 com Milton Barros, Dombele Santos, Pedro Samarão, entre outros.

Quais foram as dificuldades encontradas nos campos portugueses?

De todos os clubes por onde passei, nem um tinha pavilhão próprio, em todos eles treinávamos em pavilhões escolares não tendo assim a possibilidade e o tempo necessário para poder tirar o maior partido das potencialidades dos jogadores que na altura se encontravam comigo. Esta foi uma das dificuldades com que me deparei em Portugal e continuo a deparar-me aqui em Angola.

O que mais reteve na experiência lusa?

Desde já há que realçar que foi em Portugal que fiz a maior parte dos meus cursos de treinador e isto em si diz tudo da minha experiência em Portugal, mas importante é dizer que Portugal a par de Espanha são a nível internacional dos países que mais evoluíram e esta evolução não foi em vão. Existe toda uma máquina que funciona, desde os centros de alto rendimento até às escolas de treinadores, aliás, a metodologia portuguesa é uma das mais evoluídas do mundo pois só assim se explica que num pais com o índice populacional tão reduzido comparado aos outros países da Europa e do mundo, possamos ver vários atletas a jogarem em Espanha e tendo referências como Ticha Penicheiro, Mery Andrade e o próprio João Betinho como exemplos de sucesso. Ao contrário de Angola, em Portugal num fim-de-semana podem-se efectuar mais de 100 jogos, sendo este um factor motivante. Daí poder afirmar que a minha estada em Portugal foi bastante produtiva e tem muita influência em toda a minha carreira como treinador.

Como vê a emigração cada vez mais acentuada de jogadores e treinadores para o campeonato Angolano?

Hoje o mundo global e Angolano podia ficar a leste desta situação, não basta encarar depreciativamente esta situação, eu também já fui emigrante e ao contrario de em Portugal, onde à uns anos atrás, se podiam chegar a ter até 8 jogadores não portugueses em campo, em Angola isso não sucede pois só se pode jogar com 2 estrangeiros. O que há em falta em Angola são quadros técnicos e para isso tem de haver formação, coisa que em Angola ainda se estão a dar os primeiros passos. Uma escola nacional de basquetebol onde se possam se explorar todas as potencialidades da massa humana existente em Angola.

Este ano o seu “ASA” já teve a proeza de ganhar ao 1ª de Agosto de Luís Magalhães e continua invicto contra o Petro de Luanda de Alberto Carvalho, dois dos crónicos candidatos ao título. O que se pode esperar do “ASA” depois do Bronze na Taça de Campeões Africanos?

O 3ªlugar na Taça dos Campeões não foi fruto do acaso, penso que foi o culminar de todo um trabalho efectuado nos últimos anos. Manter o 3ªlugar no campeonato nacional é o objectivo principal do “ASA” pois ao contrário do que se possa pensar, é muito mais difícil do que se pensa, pois em Angola existem 2 candidatos eternos para o título e para os lugares que dai advêm, existem 6 equipas e se conseguirmos mantê-lo, então vamos ter a nossa missão cumprida. Mas estaremos sempre a olhar para cima.

Quais são as dificuldades de um treinador em Angola?

Ao contrário de Portugal, onde existem campos mas que são partilhados por varias instituições, em Angola existem várias instituições e não existem campos e só isso é um grande handicap para qualquer treinador.

Angola após vencer a taça Stankovic, teve uma prestação algo a desejar nos Jogos Olímpicos que sucedeu na sua perspectiva?

Penso que a taça Stankovic não podia servir de barómetro para a selecção pois enquanto a Angola ganhava a selecção russa “b”, a Rússia estava a fazer jogos muito bem mais competitivos na Europa e até a própria China que perdeu com Angola na taça Stankovic, nos jogos olímpicos derrotou Angola por 20 pontos. Existe uma explicação que pode soar a desculpa mas é a pura verdade. Angola desde os jogos de Barcelona nos habituou a grandes torneios e nos últimos JO as coisas não correram que como desejado e é claro que algum dia esse efeito havia de acabar e foi neste últimos jogos que isso aconteceu.

Quais são as diferenças entre o campeonato angolano e o campeonato Português?

No meu ponto de vista, tratam-se de dois campeonatos completamente diferentes pois apesar de tudo também se tratam de culturas diferentes. No basquetebol português assim como no europeu, os colectivos evidenciam-se ao contrário do angolano onde a técnica individual se evidencia no campeonato.

Quais são as perspectivas para o futuro para o seu “ASA” e para si?

Acredito que como as coisas estão a ser feitas, o “ASA” nos próximos anos irá lutar pelo título ou mesmo ganhar um e claro. A nível individual todos os treinadores sonham em chegar a seleccionador nacional e eu não sou diferente de todos eles.

Conhece o Planeta Basket?

Tomei conhecimento há algum tempo através de um atleta e gostei muito do que vi e tornei-me um frequentador assíduo pois é a única maneira hoje em dia que tenho para me manter em ligação com Portugal.

 

 


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