Fase Final Nacional de Sub14 Masculinos
 
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Fase Final Nacional de Sub14 Masculinos

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Embora o princípio da neutralidade possa ser posto em causa, em virtude da minha participação nesta Fase Final na qualidade de Treinador do Seixal F.C., é com todo o gosto que respondo afirmativamente ao desafio lançado pelos amigos do Planeta Basket de comentar este ponto alto do calendário federativo, o qual ocorreu no passado fim de semana no excelente Pavilhão Municipal da Torre da Marinha, assim:
 
Como balanço global desta Festa só posso qualificar como extremamente positivo tudo o que se viveu e sentiu, pois julgo que praticamente todos os objectivos que se pretendem atingir nestes momentos foram conseguidos, já que houve Emoção a Rodos, Fair-Play entre os participantes, as bancadas do pavilhão de capacidade bastante considerável estiveram quase sempre muito bem compostas (com destaque, evidentemente, para o último jogo que decidia o vencedor do Torneio), com certeza que muitos dos presentes vão ter vontade de voltar a assistir a jogos de Basket Juvenil, a qualidade basquetebolistica (individual e colectiva) verificada foi bastante aceitável e foi consagrado um justo Vencedor, o Ginásio Clube Figueirense, fruto de um muito meritório trabalho de um clube, que pelo menos nos últimos anos voltou a dar grande atenção ao Mini-Basket. Para valorizar ainda mais tudo o que atrás se referiu os resultados obtidos entre os 4 primeiros foram muito equilibrados, como se pode verificar através da apresentação que se segue e da classificação final resultante.
 
Sexta, 12 de Junho de 2009
Seixal F.C. / REDLINE 39-35 F.C. Barreirense
F.C. Porto 37-44 Ginásio C. Figueirense
F.C. Barreirense 49-42 F.C. Porto
Ginásio C. Figueirense 71-22 C.U. Sportiva (Açores)
 
Sábado, 13 de Junho de 2009
C.U. Sportiva (Açores) 45-55 F.C. Barreirense
F.C. Porto 47-46 Seixal F.C. / REDLINE
F.C. Barreirense 37-40 Ginásio C. Figueirense
Seixal F.C. / REDLINE 68-25 C.U. Sportiva
 
Domingo, 14 de Junho de 2009
C.U. Sportiva (Açores) 30-84 F.C. Porto
Ginásio C. Figueirense 46-44 Seixal F.C. / REDLINE
 
 CLUBES J  V D P  PM  PS
 1º Ginásio C. Figueirense  4
 4  0  8  201  140 
 2º Seixal F.C. / REDLINE 4 2  2 6  197  153
 3º F.C. Barreirense 4 2 2 6 176 166
 4º F.C. Porto 4 2 2 6 210 169
 5º C.U. Sportiva (Açores) 4 0 4  4 122 278
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Analisando a prestação das equipas uma a uma, a minha visão é a seguinte:
 
Clube União Sportiva (Açores)
 
Esta simpática equipa açoreana foi, tal como já se esperava, aquela que apresentou maiores debilidades, uma vez que foi notória a diferença de ritmo e intensidade competitiva relativamente aos seus adversários do continente, além de também ser facilmente constatável que a maioria dos seus elementos tem menos anos de pratica da modalidade que os atletas dos outros clubes. É lógico que se trata de uma realidade diferente, pois esta rapaziada não teve a possibilidade de realizar 20 jogos do Torneio Nacional antes desta Fase Final como os outros tiveram, o campo de recrutamento poderá ser mais reduzido e a este nível, em confronto com as melhores equipas nacionais, é complicado haver mais equilíbrio.
 
De qualquer das formas quer-me parecer que a experiência só pode ser considerada como extremamente enriquecedora e motivante para este grupo de rapazes continuar a praticar a modalidade, até porque a imagem de simpatia e entusiasmo que deixaram foi bastante agradável.
 
Futebol Clube Do Porto
 
O F.C. Porto apresentava-se nesta Fase Final com legitimas aspirações de atingir o primeiro lugar, em virtude de ter dominado com alguma facilidade as 2 primeiras Fases deste Torneio Nacional ao nível da Zona Norte e de reunir um grupo de atletas com um porte atlético e uma disponibilidade física bastante consideráveis para a idade, no entanto uma entrada no primeiro jogo com o Ginásio menos conseguida e alguma dificuldade de reacção mental a esse momento menos positivo (que para a faixa etária é perfeitamente normal) originou um primeiro dia de competição com 2 derrotas por 7 pontos que hipotecaram desde logo a possibilidade de lutar pelo Troféu. De qualquer das formas a imagem deixada acabou por ser globalmente positiva, uma vez que até ao fim da Fase Final conseguiram atingir um nível que julgo mais de acordo com aquilo que podem e conseguem fazer, nomeadamente na 2ª parte do jogo connosco (Seixal), período onde penso que atingir a sua melhor performance ao longo destes 3 dias de prova.
 
Quanto ao Basket apresentado pode-se dizer que basearam o seu jogo numa grande intensidade defensiva, quase sempre em todo o campo, saltando em situações de 2x1 sempre que houvesse oportunidade, enquanto que no ataque privilegiaram as transições rápidas (nem sempre muito bem conseguidas, pelo menos nos 2 primeiros jogos e na 1ªparte do terceiro) e quando se viam obrigados a jogar 5x5 utilizaram um modelo de 5 abertos com cortes sistemáticos, sendo que em determinados momentos também procuravam um jogador interior de costas para o cesto ou alguma situação simples de bloqueio directo.
 
Relativamente a nomes gostava de referir os do Bernardo Mesquita (14) (um jovem com mais de 1,90m que revelou uma disponibilidade física e potencial para o futuro consideráveis e que nos pregou uma grande partida ao apontar o triplo da vitória a segundos do fim do jogo realizado com a nossa equipa) e do Nuno Ferreira (8) (que se trata de um atleta que embora tenha revelado alguma irregularidade ao longo da prova demonstrou um potencial físico que o pode ajudar muito a ser um jogador de bom nível).
 
Futebol Clube Barreirense
 
Primeiro que mais nada, gostava de referir que esta equipa do F.C. Barreirense foi aquela, de todas as que tive a possibilidade de acompanhar durante a época (que como é fácil perceber são mais as do Sul), que mais progrediu desde Setembro último, pelo que desde já aproveito para dar os Parabéns ao meu amigo Raminhos pelo trabalho efectuado com este grupo de rapazes.
 
Relativamente à sua participação nesta prova julgo que a equipa esteve à altura dos pergaminhos do clube, tendo atingido o seu momento alto com a vitória com o F.C. Porto, isto depois de na manhã desse jogo ter vendido muito cara a derrota connosco e de no dia seguinte no jogo com o Ginásio C. Figueirense ter feito uma excelente recuperação que quase surpreendia aquele que viria a ser o vencedor do Torneio.
 
No que respeita ao jogo desta equipa pode-se dizer que o Barreirense utilizou em absoluto a doutrina que alguns iluminados defendem que deve ser seguida por tudo o que é equipa de Iniciados, independentemente das características morfológicas, da integração social e do historial basquetebolistico dos seus elementos e do momento competitivo, ou seja, defendeu quase sempre em todo o campo com grande intensidade, saiu sempre com grande rapidez e com a devida organização para o contra-ataque e no ataque jogou sempre com 5 abertos procurando as penetrações e cortando sempre para o cesto após passe. Evidentemente que os comentários acima não devem  ser considerados como uma critica ao jogo do F.C. Barreirense, longe disso, até porque volto a referir, o Raminhos e os seus rapazes só se podem dar como super-realizados por terem chegado ao final da época a atingirem o nível que atingiram quando no principio, se calhar, poucos eram os que vaticinavam a sua presença nesta Fase Final. Para vocês, mais uma vez, Parabéns!

Quanto a destaques individuais desta equipa, dois nomes emergem, o André Figueiredo (12), que se trata de um jovem com cerca de 1,90m com grande potencial e disponibilidade para a prática do Basket, que lança muito bem de várias distâncias, apresenta uma técnica de drible muito razoável para um atleta da sua envergadura e que ao longo do ano teve grande evolução mental ao ponto de se ter assumido como o grande líder da sua equipa em diversas situações, e o Carlos Dias (14), que é também um todo o terreno, já que lança de fora com bastante qualidade, penetra e assiste bem, além de na defesa também dar um contributo importante à sua equipa. Importa ainda referir que estes 2 atletas arrecadaram para a sua equipa os prémios individuais em disputa, ou seja, o André foi o melhor marcador e ressaltador da prova, enquanto o Carlos foi o melhor distribuidor de assistências, isto para além de ambos também terem integrado o Cinco Ideal desta Fase Final.

Seixal Futebol Clube

Para nós, Seixal, a presença nesta Fase Final, que em boa hora as nossas Câmara Municipal e Junta de Freguesia decidiram apoiar, juntamente com 3 grandes clubes do nosso Basket que têm as suas equipas principais na LCB, enquanto nós sentimos imensas dificuldades para nos mantermos na Proliga e com a simpática equipa do C.U. Sportiva, representa um grande orgulho e o primeiro sinal mais evidente do trabalho que temos vindo a realizar no Mini-Basket ao longo dos últimos 6/7anos (já que todos lá se iniciaram), pelo que encarámos a nossa participação com o máximo de entusiasmo e motivação de fazer o melhor que pudéssemos e conseguíssemos.

Como balanço desportivo final é evidente que ficámos com algum amargo de boca por não termos chegado à meta em primeiro, pois entrámos bem com o F.C. Barreirense, jogámos a bom nível com o F.C. Porto (embora tenhamos tido alguma dificuldade de contrariar os argumentos desta equipa na 2ªparte), gerimos a carga física no jogo com o C.U. Sportiva e podíamos ter levado de vencida a excelente equipa ginasista, depois de termos recuperado uma diferença de 14/15 pontos, de termos entrado nos últimos 2 minutos de jogo na frente, mas tendo acabado por perder por 2 pontos com alguma infelicidade da nossa parte e também com muito mérito do adversário, mas chegámos ao final com a sensação de dever cumprido e bastante orgulhosos de termos conseguido arrastar centenas de seixalenses para apoiarem uma equipa de Iniciados, certos que deixámos uma imagem de muita união, trabalho e gosto pela modalidade e pelo Seixal.

Relativamente à forma como nos apresentámos a jogar é evidente que tudo tem relação com o facto de termos tido a «felicidade» e a possibilidade de nos últimos anos termos conseguido integrar junto de um grupo de rapaziada com mais de 5 anos de prática, 2 elementos com mais de 1,90m, o que nos obrigou a uma reflexão profunda assim que eles nos apareceram, primeiro relativamente à melhor forma de os captar para a modalidade e para o clube, só depois relativamente à melhor maneira de os fazer progredir e fazer com que tenham a hipótese de virem a ser os melhores jogadores de Basket que for possível no futuro. Toda esta conversa para quê? Evidentemente para justificar que fomos, de facto, a equipa que menos pôs em prática os conceitos que alguns Professorzecos e Doutorzecos julgam e exigem que tenha que se conseguir aplicar com toda e qualquer equipa de Iniciados, ou seja, fomos a equipa que menos conseguiu jogar em contra-ataque e insistimos bastante no jogo para o interior, mas não deixámos de defender em todo o campo em grande parte do tempo, conseguimos que os nossos 2 atletas mais altos jogassem em simultâneo durante largos períodos, o que acho que é bastante benéfico não só para nós como para o Basket Nacional e deixámos uma boa imagem e a amostra de diversos atletas que podem vir a ter algum protagonismo no futuro da modalidade da nossa pátria. Ainda relativamente a esta situação, gostaria de afirmar que, de certeza, não é pela forma como preparámos esta Fase Final, onde como é evidente salvaguardámos o sucesso desportivo, que é, como todos devemos concordar, também super-importante para o processo formativo destes atletas, que o João (11) e o Benvindo (12) vão deixar de ser jogadores exteriores, pois embora reconheça que o primeiro já está mais formado e instintivamente procure zonas mais próximas do cesto, o segundo naturalmente vai cada vez mais afastar-se da área restritiva, além de, com ambos irmos continuar o nosso trabalho individual de jogo de frente para ao cesto, ao mesmo tempo que em competição vamos obrigá-los a defender em todo o campo e a baixar as perninhas, aliás como fizemos ao longo de toda a época.

No que respeita a destaques individuais vou, como é fácil compreender, abster-me, até pelo apreço e carinho que tenho para com toda esta malta. No entanto não deixo de assinalar com satisfação que o Diogo (Gameiro) (13) e o João (Moreira) (11) foram eleitos para o Cinco Ideal da Fase Final.

Ginásio Clube Figueirense

O Ginásio, como eu desde sempre me habituei a tratar este clube, por quem tenho grande estima e carinho, mesmo tendo em conta que esta foi a 3ª vez que convosco perdi um Título Nacional (as 2 primeiras foi como jogador já lá vão mais de 20 anos), foi um justo, feliz e brilhante Vencedor desta 14ª edição do Torneio Nacional de Sub14 Masculinos.

De facto, a equipa da Figueira apresentou-se na Torre da Marinha muito personalizada e moralizada, sendo que o seu arranque com o F.C. Porto foi determinante, uma vez que rapidamente ganhou vantagem no primeiro período do jogo com este adversário com quem tinha perdido com alguma clareza nos dois jogos da Fase anterior, o que permitiu elevar ainda mais os níveis de confiança que já de si vinham elevados, o que fez com que daí em diante pudesse ter controlado o resto do jogo com os Portistas, tenha feito o jogo necessário e suficiente com a equipa proveniente dos Açores, tenha apanhado um valente susto no jogo com o F.C. Barreirense que fez um excelente recuperação, já que a diferença a poucos minutos do fim se cifrava em 10 pontos e tenha chegado ao jogo decisivo com o Seixal em alta. Nesta partida o Ginásio começou muito bem ganhando uma vantagem de 8 pontos no 1º período, suportou a nossa reacção no 2º, uma vez que apenas reduzimos para 5 a diferença e foi mais eficaz, feliz e objectivo durante a 2ª parte, dado que permitiu a nossa aproximação, deixou-se ultrapassar no marcador durante a maior parte do último período, mas nos últimos 2 minutos beneficiou dum grande momento de inspiração do seu base e foi bastante forte mentalmente a jogar aqueles momentos.

Quanto ao Basket apresentado só posso dizer que fiquei deliciado e gostaria de dar os meus sinceros Parabéns ao seu Treinador, que é nem mais nem menos que a velha glória do grande Ginásio dos anos 70, Luís Dionísio, pelo trabalho efectuado com esta rapaziada, que nos presenteou a todos com uma gama de recursos técnico-táctico de grande gabarito e a meu ver bastante bem apropriados para as características dos seus atletas, tendo em conta que todos eles já dominam com muito à vontade grande parte dos principais fundamentos básicos da nossa modalidade. Esta equipa defendeu quase sempre em todo o campo, saltando em situações de 2x1 sempre que se justificasse, a maior parte dos seus elementos tem noções de ajuda muito acima da média para atletas desta idade e o espírito de grupo e de entre-ajuda reinante entre este pessoal compensou e de que maneira a eventual menor estatura que esta equipa tinha, de facto, relativamente aos seus principais adversários. No ataque e contrariando os teóricos que defendem que em Iniciados só se deve jogar abertos, em passe e corte e em acções de 1x1, o Ginásio brindou-nos com isso, com situações de corte do lado contrário sobre o bloqueio do poste, com situações de pick and roll, com situações de ir buscar a bola à mão e imediato desfazamento para posições interiores de costas para o cesto, com situações simples de bloqueio directo nas mais diversas áreas do campo e por acaso, até começava com um poste à cabeça, que no principio apenas fazia bloqueios, mas que na continuação dos ataques até tinha grande protagonismo. Nas transições esta equipa também foi muito forte, muito impulsionada pelo grande dinamismo dos seus bases e pela agressividade que conseguiram impor na defesa.

Como destaque individual acho que é da mais elementar justiça eleger o seu atleta Pedro Marques (a quem eu devia era dar um puxão de orelhas pelo desplante com que resolveu este Torneio Nacional com aquele triplo do meio da rua já nos momentos finais do jogo final connosco) como a grande figura desta Fase Final, pois o Pedro jogou, fez jogar, resolveu, defendeu, revelou uma alegria contagiante com a bola nas unhas, imprimiu um ritmo incrível ao jogo, explorou as situações de bloqueio directo como poucos seniores, revelou um espírito de liderança que mesmo para quem não o conhece é visível à distância e parece ser excelente amigo e companheiro dos seus colegas. Evidentemente que o Pedro Marques também integrou o Cinco Ideal desta competição. Parabéns, Pedro!

Para terminar este meu comentário, que já vai bastante longo, mas que foi feito com todo o gosto e prazer, a bem do nosso Basket Jovem, resta-me apresentar, em resumo, os vencedores dos diversos prémios individuais em disputa, desejando que a próxima edição do Torneio Nacional de Sub14 Masculinos seja um êxito, como julgo que foi a deste anO.

Melhor Marcador: André Figueiredo (F.C. Barreirense)

Melhor Ressaltador: André Figueiredo (F.C. Barreirense)

Melhor Distribuidor de Assistências: Carlos Dias (F.C. Barreirense)

Cinco Ideal: Pedro Marques (Nº7 Ginásio C. Figueirense), Carlos Dias (Nº14 F.C. Barreirense), Diogo Gameiro (Nº13 Seixal F.C.), André Figueiredo (Nº12 F.C. Barreirense), João Moreira (Nº11 Seixal F.C.)

 

Pedro Silveira (Treinador dos Sub 14 Masculinos e Coordenador do Mini-Basket do Seixal F.C.)

 

 

 

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