Todos podem usufruir da obra
 
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Todos podem usufruir da obra

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altNa divulgação do universo do minibásquete, dos clubes e das pessoas que a esta actividade, tanto tempo dedicam, vamos desta vez até ao norte do país a um clube da Associação de Basquetebol de Braga, onde o minibásquete tem conhecido um grande incremento nos últimos anos.

Vamos até Joane, concelho de Famalicão, vamos conhecer a Associação Teatro e Construção. Leia a entrevista do coordenador da formação do clube: Adriano Pereira.

Vamos começar mesmo pelo princípio. Há quanto tempo existe a Associação Teatro e Construção e qual a origem deste nome invulgar?

A Associação Teatro Construção (ATC) (www.teatroconstrucao.org), antes de ser um clube de basquetebol foi e é muitas outras coisas. A ATC é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (I.P.S.S.), com sede na vila de Joane, concelho de Vila Nova de Famalicão. Legalmente existe desde 18 de Maio de 1977, quando um grupo de jovens que encenava peças de teatro decidiu tornar a sua actividade mais séria, e daí o seu nome.Com o passar dos anos, a ATC foi alargando o seu espaço de actuação junto da comunidade, tendo hoje intervenção em vários campos como o Colégio ATC, que engloba a creche, o jardim-de-infância e o ATL, a Casa de Giestais, com a residência de idosos, o centro de dia, o centro de actividades ocupacionais, o serviço de apoio domiciliário, o centro de acolhimento temporário e o lar de jovens e emergência infantil. No âmbito da cultura a ATC tem o centro cultural da juventude e o teatro profissional. Finalmente em termos de desporto a ATC tem o ginásio Fit Club ATC e as secções de  atletismo e basquetebol. Resumindo, desde bebés com meses até idosos centenários todos podem usufruir da obra da ATC. Esta é a origem deste nome invulgar para um clube de basquetebol

Quando, como e porquê surgiu o basquetebol em geral e o Minibasquete em particular no clube?

O basquetebol existe na ATC desde 2000, e surgiu porque se conjugaram algumas vontades, dos responsáveis da Associação de Basquetebol de Braga em criar mais um clube, onde ainda não existia, e a ATC no seguimento do seu desenvolvimento para servir a comunidade. Pelo meio destas diligências fui apanhado para ser treinador. O primeiro escalão que existiu na ATC foi o de minibásquete. Nas duas primeiras épocas o trabalho foi todo efectuado no sentido de ter muitos jovens a praticar a modalidade. Ainda hoje existe essa nossa preocupação, ter na nossa pirâmide uma base bem alargada de praticantes. Nenhuma casa se consegue construir a partir do telhado, pelo que criar bons alicerces, sempre foi e será a nossa pretensão.

Quais são neste momento as tuas funções dentro do clube e quem são os dirigentes e técnicos que trabalham contigo no minibásquete?

Como todos os clubes pequenos temos algumas dificuldades no que respeita ao enquadramento humano, e assim sendo faço um pouco de tudo, desde treinador, roupeiro, motorista, coordenador e administrativo. Faz-se o possível para que tudo funcione correctamente. Na estrutura da ATC, existe um responsável pela área do desporto, que está também ligado ao basquetebol como treinador, que é o Fernando Oliveira e somos nós que vamos colocando a ATC a mexer um pouco. Neste momento, sou o treinador dos Sub-16 e Sub-18 masculinos, e vou dando apoio aos Sub-14, onde temos um treinador jovem, o Gil. No minibásquete a dar os primeiros passos temos o Octávio. Existe sempre a preocupação minha e do Fernando Oliveira em estarmos sempre presentes no desenvolvimento do minibásquete, promovendo todos os anos actividades no sentido de apoiar a consolidação a nossa pirâmide.

Tens noção de quantos minis já passaram pelo clube durante estes anos?

Pergunta difícil.... Não faço ideia... Posso atirar um número, mas é uma estimativa. Olhando para os praticantes actuais, em que quase todos saíram do minibásquete, e para os que ficaram pelo caminho, talvez para cima de trezentos.

Que importância tem dentro da secção de basquetebol a existência do minibásquete?

Tal como referi já em questões anteriores, é onde nós concentramos as nossas energias, temos a plena noção que é aqui que tem que residir a nossa preocupação e atenção. Porque no dia em que assim não for, nos escalões acima vai-se reflectir negativamente, pois a qualidade e o número de praticantes vai certamente diminuir.

Quantos escalões têm actualmente o clube e quantos jogadores movimentam?

Actualmente temos no minibásquete, uma equipa de Mini-10 e uma de Mini-12, os Mini-8 é um pouco mais complicado de se conseguir, mas vamos lá chegar. Depois temos os Sub-14 masculinos e femininos, os Sub-16 masculinos e femininos e os Sub-18. Na época anterior terminamos com 115 atletas inscritos. No que se refere, a inscrições, todos os anos temos aumentado o número de atletas.

Sabemos que o ano passado foram dentro da Associação de Basquetebol de Braga o primeiro clube a reunirem as condições para serem certificados como Escola de Minibasquete Portuguesa. O que é que tu pensas deste projecto e qual a sua importância para o clube?

E a nível nacional pelo que sei também fomos dos primeiros três, é com o sentimento de dever cumprido, pois significa que os minis que tínhamos na época anterior já estão cá todos, e se estão é porque gostam e têm prazer no que vêm cá fazer. Sendo esta a base que queremos bem sólida é com agrado que olhamos para esse número, mas com a vontade de continuar no resto da época a trazer mais jovens para a nossa modalidade, e é esta a importância que tem para nós.

Quanto ao projecto em si, acho bastante interessante e que pode servir de incentivo para clubes que estejam a iniciar actividade, pois conseguindo os 25 inscritos, tem acesso a 10 bolas, pagamento do seguro de um treinador e livros com regras. Vejo com bons olhos este projecto, apenas fico um pouco reticente quando sei de clubes que deturpam  a finalidade do projecto, apenas para ter muitos minis inscritos, tentando fazer o que fazem no voleibol, com o Gira-volei nas escolas primárias. Espero que o projecto continue por muitos anos, e que continue a dar estes pequenos incentivos a quem realmente se preocupa com a nossa modalidade e com a sua prosperidade.

Qual é a tua opinião sobre o estado do Minibasquete na tua Associação e no país?

A minha opinião pode ser um pouco criticável, mas é a minha... Acho que temos ainda muitos treinadores no minibásquete que querem é ganhar jogos! E esse não pode ser o espírito do minibásquete, nem na minha Associação nem no país. Ainda assim, agrada-me saber que cada vez mais clubes apostam no minibásquete e que o desenvolvem, o que é positivo. Agora só falta ensinar o que os jovens nessas idades precisam de saber. Ensinar a correr, a saltar, a divertirem-se, a tirarem prazer de uma actividade desportiva, a criarem bons hábitos para a vida adulta e se no final ainda sair um atleta, fizemos um trabalho fantástico.

Falemos agora um pouco mais de ti. Em 2002 foste indicado pela tua Associação para ires à Suécia acompanhar a delegação portuguesa ao Jamboree Europeu? O que representou para ti essa experiência?

Assim foi, o responsável da Associação Basquetebol de Braga endereçou-me o convite e claro que aceitei. Foi uma experiencia sensacional, primeiro porque nunca antes tinha treinado jovens que não fossem do meu clube, ou seja, jovens que tinham os seus treinadores com as suas ideias, ainda para mais, fui treinar jovens de outros países... Inicialmente fiquei um pouco nervoso com a ideia, mas depois as coisas foram-se desenrolando. E foi sem dúvida uma experiência para a vida. Ainda hoje me lembro de alguns episódios curiosos.

Também ajudou a que a minha preocupação em ter um Minibasquete bem desenvolvido fosse maior, e que ainda hoje continua, além do prazer de trabalhar com esses pequenotes.

Quais são a breve prazo os objectivos do teu clube e os teus sonhos?

Os objectivos do clube, passam por continuar com um desenvolvimento sustentado, quer a nível da qualidade do basquetebol, como da quantidade de praticantes. Quem sabe um dia ter duas equipas seniores, uma masculina outra feminina, e todos os outros escalões como é óbvio. Os meus sonhos, neste momento passariam por poder trabalhar com um treinador com mais experiência e se calhar em escalões mais velhos. Embora cada vez mais sinto que onde nos podemos sentir mais realizados, é junto dos mais novos, quando os vemos chegar todos desengonçados e vê-los passado uns anos a jogarem basquetebol.... É fantástico!

Qual é a tua opinião sobre o Planeta Basket?

Página que incluo nas minhas leituras diárias... Tem tudo, desde notícias, a opiniões, a exercícios para o treino, a análises, enfim muito completo. Parabéns e continuem por muitos anos.

E para finalizar terminamos como de costume, que pergunta gostarias que te fizessem e que resposta darias?

A pergunta que gostava que me fizessem, e de preferência numa reunião com todos os pais dos nossos jovens praticantes, era se os pais deviam dar de castigo a proibição de ir aos treinos, só porque é algo que eles gostam. Isto porque é algo pelo que nós na ATC lutámos. Para que a minha resposta fosse e de acordo com palavras já proferidas pelo meu companheiro San Payo Araújo, se lhes querem dar castigos, tirem-lhe tudo o que não lhes faça bem à saúde, a Playstation, o telemóvel, o computador, a televisão mas não lhes tirem algo que além de promover o seu desenvolvimento físico, também os faz desenvolver bons hábitos de saúde e de vida, o trabalho de equipa, o espírito de grupo, a entreajuda, a capacidade de sofrimento, a superação, o saber perder, e muitas outras coisas, que não se aprendem nas aulas de matemática, de inglês, de físico-química ou nas de português, só no desporto isto se aprende. E tira-se apenas porque é o que eles mais gostam de fazer! Os primeiros a exigir dos nossos pequenos atletas na escola, temos que ser nós os treinadores, nós por exemplo realizamos controlo das notas de todos os atletas no final de cada período, e no caso de existirem negativas, somos nós treinadores que damos o castigo, e esse castigo passa por exemplo, por colocar o pequeno atleta no momento alto do treino, o jogo, de fora. Com a devida explicação e compreensão do pequeno atleta, e não haverá pior castigo que este. Pela experiencia que tenho, resulta bastante bem, e as notas melhoram. Dou como exemplo a época passada, em que nos 115 atletas inscritos, tivemos apenas 2 que perderam o ano, todos os restantes tiveram êxito.

Para reflexão dos pais, imaginem que têm um excelente aluno, que adora estudar, ir às aulas, estar na biblioteca e tira excelentes notas, num teste que até lhe corre mal, ele tira uma nota mais baixa, portanto portou-se mal. Vamos retirar o que ele mais gosta de fazer, vamos proibi-lo de ir às aulas... Algum pai vai proibir um filho de ir às aulas? Mas se é o que ele mais gosta de fazer... Dá que pensar....

 

 


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